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  • 13
  • NOV
  • 2014

Modo standy by pode ser vilão na conta de luz

Em tempos de redução drástica dos reservatórios em todo o país, em especial no Sudeste, e de contas de luz mais salgadas – desde o último dia 7, os consumidores residenciais da Light estão pagando 4,68% a mais na fatura – qualquer economia de energia pode representar não apenas uma iniciativa de consumo consciente, como também economia para o bolso.
No caso do Brasil, o combate ao desperdício poderia reduzir os 643,7 mil Gigawatts-hora de energia consumidos no ano passado, total 3,5% superior ao registrado em 2012. A alta foi puxada exatamente pelos consumidores residenciais, responsáveis pelo maior aumento da demanda (6,1%).
Um dos vilões do desperdício que quase sempre passa despercebido pelo consumidor está justamente dentro de casa, na aparência inofensiva das luzes de stand by (modo de espera) existentes hoje em quase todos os aparelhos eletrônicos, desde os micro-ondas, passando pelas TV e home theaters, até impressoras, mini systems e secretárias eletrônicas.
Levantamento feito pela Proteste – Associação de Consumidores, no Rio e em São Paulo com mais de 100 tipos de aparelhos, revela que deixar o micro-ondas ligado na tomada pode gastar, por ano, quatro vezes mais energia do que quando usado na potência máxima por 20 minutos por dia. O teste prova que deixar os eletrodomésticos no modo de espera, na tomada ou com a luz vermelha acesa, aguardando o acionamento por controle remoto, gera mais despesa na conta de luz, além de impactar o planeta.
O pesquisador da Proteste Carlos Confort, responsável pela pesquisa, diz que o estudo foi feito com a tarifa de R$ 0,32874 da Light (valor antes do reajuste deste mês) e de R$ 0,28117 da Eletropaulo, ambos por Kw/h baseando-se em um modelo de família com quatro pessoas. Confort diz que, na prática, o mecanismo de stand by serve apenas para propiciar uma resposta levemente mais rápida ao se ligar aparelhos como TVs e home theaters pelo controle remoto, mas praticamente não tem qualquer efeito acelerador em outros equipamentos, como o micro-ondas, por exemplo.
– É o tipo de conforto que pode sair caro sem que o consumidor perceba - diz.
Um dos vilões do consumo em modo de espera é o micro-ondas, segundo a Proteste. No Rio, se o aparelho for ligado 20 minutos por dia e o restante deixado no modo stand – que serve apenas para manter em operação o relógio digital – isso vai custar R$ 2,25 a mais por ano no Rio e R$ 1,92 em São Paulo.
Semelhante ao micro-ondas, o som portátil também consome mais no modo de espera, 20%, para ser exato, do que quando usado uma hora por dia, no volume baixo, no ano inteiro. No caso desses aparelhos, Confort observa que o teste foi feito comparando uma hora de uso diário do equipamento e 23 horas no modo de espera, o que dá uma despesa de R$ 10,34 a mais por ano no Rio e R$ 8,84 em São Paulo.
No caso do ar condicionado Split, de modelo mais econômico, o uso de uma hora todos os dias dará uma diferença de quase R$ 8 a mais ao ano. Desligar a TV da tomada pode poupar R$ 12 por ano, levando em conta que seria usada por quatro horas ao dia e, no tempo restante, ficaria em modo de espera. Somando todos os gastos médios desnecessários do stand by dos aparelhos avaliados, o levantamento chegou a um total de R$ 21 no Rio e R$ 18 em São Paulo, ao ano.
(Fonte: O Globo)
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