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  • 04
  • NOV
  • 2014

Secovis discutem estratégias para melhorar atuação do segmento

Discutir as experiências positivas adotadas em cada estado brasileiro foi o principal objetivo do XIII Encontro dos Executivos dos Secovis – Grupo Associativismo, aberto nesta quinta-feira (30/10) em Natal. Realizado anualmente, o evento pretende focar estratégias para que as empresas do ramo obtenham maior destaque no cenário imobiliário nacional, com oferta de produtos e serviços. Os participantes também falaram sobre o momento de transição vivido pelo mercado potiguar e a expectativa do setor para o próximo ano.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas Imobiliárias do Rio Grande do Norte (Secovi-RN), Renato Gomes, outro objetivo desta edição do encontro é uniformizar e padronizar os serviços oferecidos aos seus associados em cada um dos estados brasileiro através de uma troca de experiência do que está sendo feito em determinados sindicatos, oferecem conhecimento aos que ainda oferecem determinados serviços.
Um exemplo prático é o Secovi do Paraná, que possui uma pesquisa bastante avançada de mercado, com detalhes como tipo de imóvel, preço de metro quadrado, número de quartos e outros detalhes. Neste caso, Renato explicou que o executivo do Paraná apresentará a metodologia adotada com sucesso lá, para que os interessados possam adaptá-la de acordo com o seu interesse e realidade local e aplicá-la em seu estado de origem, se for viável.
“Assim, vamos buscando aos poucos dar essa padronização sindical a nível nacional, que esperamos seja alcançada em um futuro próximo para que possamos trabalhar sempre a mesma metodologia para defender os interesses da categoria nacionalmente. É uma forma de otimizar o trabalho dos sindicatos menores, como o do Rio Grande do Norte, para que não percam muito tempo e dinheiro buscando formatar novos cursos, pesquisas e serviços para os seus associados. Ou seja, recebemos o material pronto, adaptamos às realidades locais e aplica em prol dos associados e representados. Essa é a grande vantagem destes encontros”, explicou Renato.
Em contrapartida, os Secovis menores podem oferecer um apoio institucional, como capacidade de diálogo com parlamentares para facilitar o trâmite de leis que possam vir a interferir no mercado imobiliário. Também ajudam em termos de experiências locais, como o diagnóstico rápido de problemas que podem surgir no cotidiano. “Com uma percepção mais rápida, é possível alertar as Secovis maiores antes que o problema se instale”, afirmou.
Para a executiva do Secovi-RJ, Mônica Carvalho, o encontro é muito importante para o mercado imobiliário nacional porque a troca de experiências entre os sindicatos estaduais favorece a capacitação dos funcionários e a unificação dos secovi’s para um atendimento de maior qualidade aos clientes. “Acredito que os benefícios são inúmeros porque cada Secovi tem uma estrutura e história diferente e todos podem ganhar com as experiências regionais que, adaptadas, podem ser aplicadas em suas regiões, ampliando o leque de serviços à população”, afirmou.
Mercado imobiliário no RN vive momento de transição
Renato Gomes descartou que o mercado imobiliário potiguar, que nos últimos meses tem oferecido imóveis com mais de R$ 100 mil de desconto, esteja passando por uma recessão porque o Estado possui um déficit habitacional alto e sempre há alguém querendo comprar. Renato classifica esse momento como de transição e, entre as explicações plausíveis, estão o grande número de lançamentos habitacionais e a captação de altas quantias para a construção de novos empreendimentos.
“As empresas conseguiram captar muitos recursos e tiveram que lançar esses produtos para justificar essa conquista. Então, criou-se um volume grande de vendas e agora elas estão segurando os novos lançamentos por precaução, até para entender como ficará o cenário econômico a partir da próxima gestão federal e como ele se comportará. No momento, existe uma pequena diminuição no volume de lançamentos e imóveis novos, mas o mercado de terceiros ou usados está fluindo bem, porque todo dia alguém precisa de um local para morar”, explicou.
O grande volume de lançamentos ocorridos há até três anos atrás também é apontado por Renato como o principal motivo para os feirões e liquidações dados pelas construtoras e imobiliárias em diversos imóveis no Estado, com descontos que chegam a mais de R$ 100 mil. Ele explicou que a maioria dessas unidades está ficando pronta agora, o que aumenta a oferta e beneficia os consumidores, que têm mais opções de escolha, negociação e financiamento.
Renato disse ainda que acredita que o mercado imobiliário saia desse período de transição no próximo ano, voltando ao ritmo normal de lançamentos e gerando empregos e renda para a população. “Esperamos que os governantes eleitos cumpram suas promessas de campanha, promovam um ajuste nas contas públicas e façam com que o país e o estado voltem a se desenvolver, melhorando o mercado imobiliário. Precisamos também de uma reforma tributária justa e urgente, que é cruel e penaliza o produtor, o comerciante e o consumidor final e que desonere a produção para que o mercado cresça e gere emprego e renda”, afirmou.
(Jornal de Hoje)
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